«Todos os dias às sete da manhã, Dona Eugénia chegava ao café e pedia para se sentar na mesa do costume, virada para o balcão e de costas para a porta. O cabelo quase branco, apanhado num carrapito empoleirado no cimo da cabeça como quem tinha acabado de sair do cabeleireiro, e o fato saia-casaco com um padrão pied-de-poule miudinho preto e branco davam-lhe um ar indiscutivelmente clássico. Só destoavam a sombra azul-metálica com que pintava os olhos vivaços, o batom vermelho-ferrugem a sair do risco e a camada de base dois tons acima da sua cor de pele. De resto, estava sempre impecável.»
— «Dona Eugénia»